DNA do Crime: o que é real e o que é ficção na série da Netflix
Produção da Netflix se inspira em roubo de R$ 125 milhões na fronteira do Brasil com o Paraguai, ocorrido em 2017; confira o que é real e o que é ficção
A aguardada segunda temporada da série DNA do Crime estreou nesta quarta-feira, 4, na Netflix. Com oito novos episódios, a produção policial retorna com mais ação, aprofundando os conflitos dos protagonistas e a atuação do crime organizado na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
Criada por Heitor Dhalia, a série é inspirada em fatos reais e já se consolidou como uma das produções brasileiras mais ambiciosas da plataforma.
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O primeiro ano, lançado em 14 de novembro de 2023, foi baseado em um mega-assalto ocorrido em Ciudad del Este, em 2017, e teve forte repercussão entre público e crítica.
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DNA do crime: o que aconteceu de verdade?
Em abril de 2017, cerca de 30 criminosos fortemente armados, que eram ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), invadiram a sede de uma transportadora de valores em Ciudad del Este, na fronteira entre Paraguai e Brasil. A operação durou mais de três horas e resultou no roubo de cerca de R$ 125 milhões.
Durante a ação, os assaltantes usaram explosivos para abrir cofres, incendiaram ao menos 13 veículos e abandonaram cinco caminhonetes blindadas com placas de São Paulo para despistar a polícia.
A fuga envolveu confrontos armados e resultou na morte de três suspeitos. Quinze pessoas foram presas e aproximadamente R$ 4,5 milhões foram recuperados.
Como a série usa os fatos?
Na série, os protagonistas Suellen (Maeve Jinkings) e Benício (Rômulo Braga) são agentes da Polícia Federal em Foz do Iguaçu que investigam um roubo transnacional com base em pistas de DNA encontradas na cena do crime.
Assim como no caso real, o uso de material genético tem papel central na trama. Na vida real, a Polícia Federal analisou DNA de mais de 50 pessoas envolvidas no assalto, o que foi decisivo para a elucidação do crime.
Apesar disso, DNA do Crime não reproduz personagens reais, nem reencena os eventos tal como ocorreram. A série apresenta vilões fictícios como Sem Alma (Thomás Aquino) e Isaac (Alex Nader), líder da chamada Quadrilha Fantasma, uma organização inventada para a narrativa.
Elementos reais em DNA do crime: cenário, técnica e contexto
Além do DNA como ferramenta de investigação, a ambientação da série remete à realidade. A história se a na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, região onde o crime real ocorreu.
A atuação da Polícia Federal brasileira, o envolvimento de facções criminosas e a sofisticação das ações também têm base na realidade.
O uso de mansões como bases logísticas, armas pesadas e táticas de guerra urbana são recursos inspirados em operações policiais documentadas.
A presença de corrupção institucional e os obstáculos enfrentados pelas autoridades também refletem desafios reais enfrentados por investigadores na fronteira.
DNA do crime: o que é invenção na narrativa?
Embora a inspiração seja real, a série é uma obra de ficção. Os personagens principais, seus dilemas morais, conflitos internos e trajetórias profissionais foram criados para gerar empatia e complexidade dramática.
As tramas paralelas envolvendo a Quadrilha Fantasma, embates pessoais entre os policiais e os criminosos, e o arco de alguns coadjuvantes são totalmente fictícios.
DNA do Crime não tem o objetivo de ser um documentário, mas sim um thriller policial. A liberdade criativa permite à produção explorar temas como lealdade, justiça, violência, e o impacto do crime organizado nas instituições públicas, mesmo que com base em um evento real.
DNA do Crime: protagonistas retornam para enfrentar novo inimigo
Na segunda temporada, os agentes federais Suellen (Maeve Jinkings) e Benício (Rômulo Braga) estão de volta e enfrentam desafios ainda maiores.
A trama se intensifica com a fuga de Sem Alma (Thomás Aquino) e a ascensão de Isaac (Alex Nader) como o novo líder da Quadrilha Fantasma, organização criminosa que opera na tríplice fronteira com ações ainda mais ousadas e sofisticadas.
Com a quadrilha se tornando o principal alvo da Polícia Federal, a narrativa explora não apenas a violência dos assaltos, mas também a complexidade das investigações e os dilemas morais dos protagonistas diante do crime organizado.
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DNA do Crime: produção, elenco e onde assistir
Criada por Heitor Dhalia, "DNA do Crime" conta com direção de Pedro Morelli e Felipe Vellas, produção da Paranoïd Filmes e um elenco que inclui Pedro Caetano, Daniel Blanco, Letícia Tomazella e Jorge Paz, além dos protagonistas já conhecidos.
A segunda temporada possui 8 episódios, todos já disponíveis na Netflix, com duração entre 48 minutos e 1 hora.
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