Operação desarticula grupo criminoso que falsificava e distribuía cédulas no Ceará
Criminosos utilizavam cola de madeira e bicarbonato de sódio para deixar as notas com textura mais áspera, simulando o aspecto das cédulas verdadeiras. PF cumpriu três mandados de busca e apreensão no município de Nova Russas, nesta quarta-feira, 11
Uma operação da Polícia Federal (PF) desarticulou grupo criminoso envolvido na compra, aperfeiçoamento e distribuição de cédulas falsas de real no Ceará. As ações policiais foram realizadas na manhã desta quarta-feira, 11.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão no município de Nova Russas, que foram expedidos pela 23ª Vara Federal de Fortaleza. Todos os alvos das buscas investigadas residem no Município, sendo um dos investigados apontado como figura central na articulação do grupo.
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As investigações tiveram início após a prisão em flagrante de um dos suspeitos. A PF, no entanto, não relacionou a prisão dele como a figura central do grupo. Com o suspeito, foi apreendido um celular que continha conversas em grupos de WhatsApp.
Os diálogos virtuais tratavam da compra de cédulas falsificadas, técnicas de falsificação e do planejamento logístico para distribuição dos materiais em diversas cidades da região.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, as mensagens também apontam a possível atuação de um fornecedor especializado. As diligências, no entanto, continuam para identificar o suspeito.
A partir das conversas interceptadas, foi revelado que os envolvidos utilizavam cola de madeira e bicarbonato de sódio para deixar as notas com textura mais áspera, simulando o aspecto das cédulas verdadeiras.
Operação apreende TVs e dinheiro
Na operação, também foram apreendidas 46 televisores de 40 polegadas, 12 de 24 polegadas e uma TV de 50 polegadas. Além dos aparelhos de televisão, os agentes também confiscaram 32 dispositivos do tipo TV Box, utilizados para o a canais e conteúdos via internet, frequentemente associados à pirataria.
Todo o material estava sem a devida documentação fiscal. Também foram encontrados R$ 11.380 mil em espécie, valor que foi retido para investigação.
O nome da operação “Áspero” faz referência direta à técnica utilizada pelos investigados para dar aparência de autenticidade às cédulas falsas.
Ainda segundo a PF, a operação visa aprofundar a coleta de provas, identificar outros integrantes do grupo criminoso e esclarecer lacunas investigativas, como a confirmação da identidade do fornecedor, a responsabilidade direta pela compra e recebimento das cédulas falsas, e o mapeamento completo da rede de distribuição.
Os investigados poderão responder pelos crimes de falsificação de moeda e associação criminosa entre outros crimes que possam ser identificados no curso das investigações.